sexta-feira, 26 de julho de 2013

Assim Marko Ajdarić prefacia um livo de humor

Livro de humor de Marko Ajdaric em promoção artística

Paulo Caruso, Gepp, Miran e Solda mandaram textos muito bacanas para apresentar o livro J. Bosco Caricaturas, além do meu.

Meu exemplar [com direito a caricatura impressa minha incluída para todos os seguidores da arte do paraense JBosco] acaba de chegar.

Confiram abaixo o que escrevi

Parafraseando uma frase importante que anda perdida em tempos de homens perdidos, há homens que criam um dia e são bons. Há outros que criam muitos dias e são melhores. Porém há os que criam todos os dias: esses, são os imprescindíveis. JBosco não só afilia a esta última categoria de seres criativos como também passa com louvor no quesito da prova dos 9 do pensar: a práxis.

Práxis? Como assim, chargista, ilustrador e caricaturista tem práxis? Pois vos digo que sim. Ela se desdobra em dois planos: um é o fruto da prática, continuada, que refina o traço, aprimora, permite ao artista do traço descobrir novos atalhos e outros caminhos mais longos, também. O outro, é o do criador que por ter amor ao que faz, se ocupa de tornar mais próximos os que militam em sua área. Com a exceção do Bira Dantas, que é um anjo caído nesse país de crescente individualismo instigado pelo consumismo, JBosco está logo ali, na primeira fila dos que sempre fazem juntos, vislumbrando sempre como expor lado a lado a arte de seus colegas.

A Internet já tinha deixado claro que chargistas/cartunistas [salvo no lamentável caso da censura ao suíço Mix et Remix] são muito mais solidários entre si do que os quadrinhistas. Com o Facebook, isso se tornou ainda mais evidente e ganhou constância diária. Não é por acaso que o gregário JBosco tem uma conta na rede 'social' comentadíssima, com muitos clicks de curtir e compartilhamentos. Com certeza, está entre os 10 mais clicados do Facebook brasileiro, em sua seara.

Para entender a importância desse registro, vai aí um lembrete: o Myrria, do vizinho estado ao do JBosco [o Amazonas], é tão feliz e p...oderoso quanto o nosso prefaciado, no quesito charge, mas vive quietinho no seu canto e seus ótimos traços vão ficar ''pelo chão'' por menos tempo.

Outro dado da biografia do nosso artista que se deve ressaltar é a sua condição de ser a pessoa de proa no Salão Internacional de Humor da Amazônia, que projeta a sua Belém de mais de uma forma. A primeira destas formas de PROjetar, e talvez a mais importante, seja INTROjetar a arte narrativa sintética para a sua gente. Recorde-se que na última edição, a de 2012, o salão aconteceu junto à 16º Feira Pan-Amazônica do Livro, galgando, com isso, um público recorde. Sorte da cidade, e de seus cidadãos.

Agora, no final, o mais difícil, pois ao ver as caricas e cartuns do JBosco que ilustram esse livro, fica difícil acrescentar algo, quanto à necessidade de que se leia, releia, ria, rerria e dê de presente essa coletânea. mas só se você tiver deixado para ler este prefácio depois de folhear o livro. Se você foi um(a) leitor(a) comportado(a) e começou por onde devia, fica um alerta de quem até já viu algo do muito que se produz mundo afora: o JBosco consegue unir a acuidade na análise dos fatos com um senso de bom humor que anda muito, muito raro. Orgulhe-se disso, e dos minutos que você vai passar em boa companhia.

No quesito revelação, os cartunistas/chargistas também levam vantagem [ou desvantagem] em relação aos seus colegas quadrinhistas, criadores de artes tão próximas que são as mais portáteis de todas. E a arte de JBosco, tenho a certeza, vai te 'pegar pelos peitos', como diz o Ziraldo, pela sua qualidade... Permita-se, é muito bom.

Só não leia com pressa, pois assim, as 'emboscadas' vão acompanhar os menadros de seu cérebro por mais tempo.

Um comentário:

  1. brigadão amigo,valeu a parceria.
    fico honrado com sua contribuição.
    abraços farternos
    J.Bosco

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